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Jazz no Jardim Municipal

O Jardim Municipal do Funchal é palco da primeira parte do Funchal Jazz, com vários concertos diários.

Autoria Paulo Santos|Fotos Carolina Santiago

Entre os dias 5 e 9 de julho, o auditório do Jardim Municipal do Funchal recebe concertos gratuitos, integrados no Funchal Jazz. É uma aposta que remonta a 2022 e que tem atraído bastante público.

São espetáculos que mostram o jazz madeirense, interpretado por “músicos madeirenses residentes na Madeira ou músicos madeirenses a residir e a desenvolver a sua arte fora da região, alguns deles ex-alunos do conservatório que prosseguiram os seus estudos no continente, onde fundaram novos projetos com músicos de várias regiões do país”, explica a organização.

Por outro lado, desde 2022, este palco estabeleceu uma forte relação com o ensino do jazz, tanto na região (através das provas de aptidão profissional – as PAPs – dos finalistas do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz do conservatório) como fora dela (exatamente ao mostrar o trabalho de vários ex-alunos do conservatório que prosseguem os seus estudos presentemente no continente).

Os concertos do Jardim Municipal decorrem entre os dias 5 e 9 de julho, todos os dias, sempre com início às 19:00.

A abertura pertence ao ao Dracaena draco, um sexteto constituídos por três músicos madeirenses residentes em Lisboa (o saxofonista alto Tomás Noronha, o contrabaixista Emanuel Inácio e o baterista Francisco Coelho) e três músicos continentais (o trompetista Henrique Pinto, o saxofonista tenor Guilherme Fradinho e o vibrafonista Duarte Ventura), seis jovens virtuosos, importantes promessas no novo jazz praticado em Portugal, que nos vão apresentar uma série de temas originais escritos especificamente para esta formação.

No domingo, dia 6 de julho, sobe ao palco o guitarrista Bruno Santos com as suas Pérolas do Atlântico: Madalena Caldeira, residente em Lisboa, onde vem sendo reconhecida como a mais interessante nova cantora do jazz nacional, e duas outras revelações ainda estudantes do nosso conservatório: a contrabaixista Laura Dilara e a baterista Catarina Gonçalves. O repertório deste concerto está direcionado no sentido de homenagear vários dos músicos mais relevantes na história do jazz regional.

Seguem-se, nos dias 7 e 8 de julho, as PAPs do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz do CEPAM, este ano com os finalistas Paul Martin (numa audição centrada no trompetista Roy Hargrove), o guitarrista Francisco Pereira a tocar a música de Irving Berlin, Gustavo Pestana (numa atuação dedicada ao baterista Shelly Manne), a cantora Samanta Andrade (Esperanza Spalding), Joana Pereira, em homenagem ao saxofonista Art Pepper, e Hugo Santos, numa dedicatória à música do guitarrista Jim Hall.

No dia 9 de julho, apresentam-se duas “bandas de originais”, ambas lideradas por guitarristas, um residente na Madeira – Filipe Freitas – e outro residente já há algum tempo em Lisboa – Bruno Ponte.

O quinteto de Filipe Freitas é constituído, para além do líder, por Francisco Andrade (sax tenor), Wilson Correia (pianista madeirense que se formou no Porto, onde residiu durante vários anos, mas que parece agora estar “de volta à terra”), Ricardo Dias (contrabaixo) e Luís Caldeira (bateria).

O guitarrista Bruno Ponte traz na bagagem o seu projeto Benji’s Toolbox, no qual conta com a cantora Maria Luísa, o saxofonista Francisco Aguilar, o pianista Luís Lélis, o baixista Diogo Alexis e o baterista Ricardo Oliveira. O disco “Making a Toolbox”, com o carimbo da Sintoma Records, está gravado e conhecerá lançamento oficial neste concerto.

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