Ver e Fazer

Um mar de opções por explorar

A Calheta destaca-se, entre outras razões, pela extensão de mar e pelas atividades náuticas, que vão desde as modalidades com mais adrenalina às mais calmas.

Autoria Cláudia Caires Sousa|Fotos D.R.

Quando se fala da Calheta, é difícil não pensar de imediato na praia de areia amarela, nas águas calmas que se estendem em tons de azul e na marina que recebe embarcações de lazer e de atividade marítima. Estes são alguns dos elementos que definem a relação do concelho com o mar — uma presença constante na paisagem e no quotidiano.

Com uma área de 116 km², a Calheta é o concelho mais extenso da Madeira, representando cerca de 15% da superfície total da ilha. Foi também um dos primeiros a ser povoado. Mas apesar da sua história antiga, é no presente que se reafirma como um destino virado para o oceano, com um rol de atividades náuticas para quem procura descanso ou experiências mais ativas.

A Praia da Calheta é uma das poucas da Madeira com areia amarela, o que por si só já garante um caráter exótico a uma ilha com areia preta. A areia, importada de Marrocos, foi usada para criar uma zona balnear mais acessível, onde o mar é protegido por dois pontões. Isso garante águas calmas, ideais para nadar, especialmente em família. A temperatura da água é também convidativa a banhos. 

Quem é amante da contemplação da vida marinha e do silêncio que o fundo do mar oferece, a praia da Calheta possui um Centro de Mergulho, o Diving Center Calheta. Praticantes mais experientes ou sem experiência alguma, podem explorar grutas submersas, alguns naufrágios e uma grande variedade de vida marinha: peixes, corais e formações rochosas, com o acompanhamento de guias certificados. 

Quando falamos de atividades náuticas, de facto a Calheta é um oceano de opções. O concelho é considerado um dos melhores locais da Europa para a prática da pesca desportiva, sobretudo devido à presença de espécies como o marlim-azul. Não é por acaso que pescadores de vários pontos do mundo aqui se reúnem. Em 2015, 2016 e 2019, capturas feitas na Calheta venceram o prestigiado torneio Blue Marlin World Cup. Uma marina bem apetrechada, com equipas experientes, barcos especializados e torneios regulares contribui para que esta prática se tenha disseminado pelo mundo fora e espalhado o nome da Calheta.

O mar da Calheta é também cenário para o surf e o bodyboard. As freguesias do Jardim do Mar e do Paul do Mar são especialmente procuradas por praticantes, madeirenses e estrangeiros, destas modalidades, devido às suas ondas consistentes e desafiantes. São locais de referência, onde atletas experientes colocam a sua paixão pela prancha à prova. Não obstante, para quem está a iniciar-se, há também zonas com condições mais suaves, sobretudo no Paul do Mar.

No Jardim do Mar, o destaque vai para os “swells” do Atlântico Norte, ou ainda os “point breaks” ou “reef breaks”, responsáveis por atrair nomes consagrados deste desporto, que, além da adrenalina, deixam-se embalar por águas cristalinas e com paisagens montanhosas.

A observação de cetáceos é outra experiência a destacar na Calheta. Golfinhos e várias espécies de baleias são frequentemente avistados em passeios organizados por operadores locais, que garantem o respeito pela vida marinha e que são mestres na arte de receber e de conduzir este tipo de passeio. Esta é uma atividade que faz as delícias de visitantes de todas as idades, sejam famílias ou grupos de amigos, com a possibilidade de interagir com a vida marinha. A saída pode ser feita no Porto de Recreio da Calheta, como faz a operadora H2o Madeira, a Magic Dolphim ou ainda a Lobosonda, esta última que se destaca por ter biólogos a bordo.

Por último, há ainda a canoagem ou o  stand-up paddle, outras formas de explorar a costa, que permitem chegar a enseadas e recantos menos acessíveis. 

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